Ediclei da Silva, ou apenas ‘da Silva’, como é conhecido na família, tem uma trajetória pouco comum entre os atletas do futebol rondoniense. Isso porque atualmente, ele joga na primeira divisão do campeonato de Luxemburgo – país europeu limitado pela Bélgica, França e Alemanha.
O meio-campista de 26 anos saiu de Porto Velho ainda com 16 quando, visto por um olheiro, seguiu para o Paraná, onde iniciou sua carreira. Lá ele atuou pelo Londrina. Depois seguiu para o Mesquita, time do Rio de Janeiro que deu a oportunidade do atleta jogar com times como Flamengo, Vasco e Botafogo. E ele não parou por aí.
- Depois do Mesquita ele foi para o Paranavaí, de onde seguiu para o Matsubara. Nesse último ele fez sua primeira partida internacional, na França, onde foi descoberto e levado para Portugal – explica o irmão Evercley da Silva.
Em Portugal, o rondoniense jogou as duas ligas pelo Desportivo de Chaves e confrontou, pelo campeonato nacional, com o famoso Porto. Era sua ascensão.
Atualmente, Ediclei joga no Jungliester, time da primeira divisão em Luxemburgo. Aprendeu a falar francês, inglês e um pouco de luxemburguês. Hoje, com sotaque português, adquirido na longa temporada que passou em Portugal, ele explica que para voltar para o Brasil a proposta deverá, ao menos, ser ‘considerável’.
- Tenho vontade de voltar para o Brasil, mas não seria legal voltar para um time de série C ou D. Não desmereço nenhum, mas hoje meu nível é outro e já tenho 26 anos – explica o jogador.
Um fato curioso é que o jogador não tem empresário, muito menos quem gerencie sua carreira. A ascensão ao futebol ocorreu, segundo ele, por talento e uma pitada de sorte.
- Nunca tive nem empresário, nem nada. Foi mesmo talento e, claro, um pouco de sorte o que me levou pra Europa. Em Porto Velho o futebol não é muito visto, mas por um acaso eu estava jogando bola aqui, como criança brinca, fui visto por um olheiro e levado para o Paraná. Desde então não foi fácil, mas sempre tinha alguém que me via e levava para um lugar melhor. Mas é assim, a gente colhe bons frutos quanto se trabalha bem - salienta.
Por enquanto ele está bem e quanto à nova morada, ele é ‘só amores’ pelo país.
- É outra cultura, outra educação. Gosto de morar lá, tenho aprendido muito – explica.
Edicley vem à Rondônia visitar a família entre as temporadas dos jogos de seu time.
Fonte: G1